sábado, 29 de setembro de 2007

Duro de Matar (1988)



Nome: Duro de Matar (Die Hard).
Diretor: John McTiernan.
Gênero: Ação/suspense/policial.
Elenco: Bruce Willis, Alan Rickman, Reginald VelJohnson, Bonnie Bedelia e outros.
Nota: 5 estrelas.
Página no IMDb

O ano de 2007 trouxe a inesperada e quarta parte da série dos filmes Duro de Matar, como é conhecida a franquia estrelada por Bruce Willis na pele de John McClane. Continuações de um filme normalmente indicam que o original é bom - ou excelente, como é o caso aqui.

O filme se inicia com John McClane (Bruce Willis) dentro de um avião, obviamente desconfortável em estar ali. Assim que ele desembarca no aeroporto, é recepcionado por um desconhecido que se revela como o seu motorista, pronto para levá-lo até o prédio de uma grande empresa, conhecida como Nakatomi Corp (ou Coorporação Nakatomi).

É nessa grande empresa que está acontecendo uma festa de Natal para os funcionários que ainda estão por lá, celebrando as conquistas financeiras e o feriado natalino ao mesmo tempo. Conhecemos então Holly Genero (Bonnie Bedelia), que parece dividida entre o trabalho e as crianças que deixou em casa. É ela, também, o propósito da visita de John ao prédio.

Assim que os dois se encontram, o casal se dirige para um lugar mais privado onde podem conversar enquanto John aproveita para se arrumar depois do vôo de avião de Nova York para Los Angeles. Separados no momento, John deixa claro que não se importaria em passar o feriado com seus filhos e a esposa, que também não parece ter nenhuma objeção à oferta. No entanto, a discussão acaba tomando rumos perigosos ao chegar no trabalho de Holly, quando os dois brigam sobre problemas que nunca ficaram bem resolvidos entre eles.

Enquanto isso, na garagem do prédio, um caminhão de uma transportadora estaciona e vários homens desembarcam do mesmo, caminhando para dentro da construção. Na portaria, o pobre segurança acaba baleado e substituído por um dos homens do bando, o outro segurança do hall dos elevadores também sendo assassinado em segundos. Com algumas alterações no computador do prédio, os elevadores são todos travados e os convidados da festa ficam presos no alto do prédio sem perceber nada.

Com armas automáticas e pouco espírito natalino, o grupo pega o único elevador que havia ficado desbloqueado e sai no andar da festa, rapidamente espalhando pânico quando alguns tiros são disparados para que todos os presentes fiquem reunidos no mesmo canto. O aparente líder do grupo começa a falar então, incentivando o presidente da empresa a aparecer e sai com o mesmo da sala depois.

John, enquanto isso, reparou que algo de muito errado está acontecendo no prédio; enquanto Holly teve de sair do banheiro para discursar na festa, ele ficou para trás e conseguiu fugir pela saída de incêndio, descalço e carregando apenas seu revólver. Ele consegue encontrar a sala para onde o presidente havia sido levado, e assiste à execução do mesmo quando ele se nega a ajudar o grupo a organizar um roubo do cofre do prédio.

Nesse momento, a presença de John quase é descoberta pelo grupo, mas ele consegue escapar. Acionando o alarme de incêndio do prédio, ele tenta chamar a atenção dos bombeiros para a empresa, mas um dos integrantes do grupo informa aos bombeiros que era apenas um chamado falso. Esse chamado, no entanto, deu a certeza para todos de alguém mais está no prédio, e um dos integrantes do grupo vai atrás de John.

Com astúcia e uma boa dose de sorte, John não só escapa vivo como rouba a arma do bandido que morreu ao despencar de uma escada com ele. Roubando o rádio e outras coisas que o assaltante carregava com ele, John manda o cadáver pelo elevador, enviando um recado para o resto do grupo rabiscado no suéter do bandido morto: ele esta solto e melhor armado.

O chefe dos bandidos começa a ficar realmente preocupado agora, contendo os ânimos dos outros integrantes e ordenando que o plano siga como o combinado. A maioria aparenta ser de origem alemã e certamente é o caso do líder, Hans Grüber (Alan Rickman), que logo começa a ouvir uma transmissão feita por John do topo do prédio pelo rádio que ele possui, tentando avisar a polícia do que está ocorrendo na empresa e sobre os planos dos bandidos também.

Enquanto John corre pelo prédio e tenta se livrar dos assaltantes, a polícia não leva seu alerta muito a sério; afinal, é dia de Natal e as chances de terroristas estarem em um prédio comercial são quase nulas, sem contar que o chamado para os bombeiros anteriormente feito havia sido classificado como trote. No entanto, um carro de patrulha é enviado para o prédio.

O único policial que vai até a empresa, sargento Al Powell (Reginald VelJohnson) é enganado pelo bandido que se faz passar por porteiro e acaba indo embora. No entanto, quando estava prestes a sair do pátio da empresa, um corpo cai sobre o seu carro - o suficiente para que ele peça desesperadamente por reforços e confirme a transmissão anterior de John como verdadeira.

Até a chegada dos reforços, John continua diminuindo o número de terroristas dentro do prédio, que enquanto isso trabalham arduamente para conseguir invadir o cofre e roubar o conteúdo do mesmo. A mulher de John fica no comando agora, com o seu chefe assassinado, sem saber onde ou como seu marido está, mas confiante de que a irritação do grupo de terroristas significa que ele está vivo.

Quando a polícia chega, o sargento e John começam a se comunicar, sendo que John não pode revelar sua identidade porque os terroristas a descobririam imediatamente pelo rádio. Há o problema da sua conexão com Holly - ela estaria em um perigo ainda maior se soubessem que ela é a mulher (ou ex-mulher) dele, mãe dos seus dois filhos.

O filme prossegue com a caçada mais improvável de todas: John McClane contra um grupo de doze terroristas sob o comando do inteligente Hans Grüber, que se confronta pessoalmente com John em duas ocasiões. Mas é pelo rádio, no entanto, que John fala uma das suas frases mais célebres - e de quebra uma das mais memoráveis da história do cinema também: "Yippee-ki-yay, motherfucker". Ela se repete, aliás, em todas as seqüências da franquia.

Do lado de fora, a polícia age exatamente do jeito que John previra - ineficiente e só causando mais problemas. A exceção se dá na forma do sargento Al Powell, que confia e acredita em John mesmo antes de ter sua identidade confirmada. É esse sargento, também, que tem um papel importante no final do filme.

Duro de Matar é um clássico do gênero de ação, e não é difícil perceber por quê. Nas suas duas horas e quase meia de filme, é impossível desgrudar o olho da tela, por mais improvável e impossível que a tarefa de John McClane seja.

A trama se desenrola dentro do mesmo prédio o filme inteiro, e isso não segura o ritmo ou deixa o filme menos interessante; o modo como John se livra de todos os problemas que aparecem é bem real, embora provavelmente não seja possível para a maioria esmagadora das pessoas.

Outro ponto alto do filme é o grande vilão, espetacularmente representado por Alan Rickman. Eu sou uma fã confessa desse renomado ator britânico, mas é inegável o talento que ele demonstra na película - tanto que seu papel em Duro de Matar foi tido como um dos melhores vilões nos últimos 100 anos de cinema, ficando na 46ª posição. A lista foi feita pelo Instituto Americano de Filmes em 2003, que escolheu os 50 maiores heróis e os 50 maiores vilões.

O enredo é simples mas cativante, carregado por performances excelentes e com personalidade. Em especial Bruce Willis, cujo personagem pode estar na maior enrascada, mas de alguma forma ele ainda consegue insultar Hans ou então fazer uma piada consigo mesmo. Mesmo os atores coajuvantes, numerosos dado o tamanho do bando de Hans, também tem cada um a sua forma de incrementar a trama.

Em suma, imperdível. E o título, tanto o original como em português, faz jus ao personagem principal da trama.

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